ARCA participou na bênção dos caiaques de Vila Franca do Campo

ARCA participou na bênção dos caiaques de Vila Franca do Campo

A Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCAzores) participou, no passado dia 26 de agosto, na bênção dos Caiaques da Vila e na Entronização da Confraria da Vila, em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.
Esta tradição, retomada em 2022 (não ocorria desde 1967), é montra para os caiaques de madeira, os primeiros caiaques da Vila, que remontam ao “Tempo da Laranja” (1880). Eram monolugares, influenciados pelo kayak inglês “Rob-roy”.
Com a progressiva adaptação evolutiva foram crescendo, mantendo a silhueta básica. O Caiaque da Vila, muito popular em todo o século XX, é uma embarcação de madeira com dimensões variáveis, podendo levar entre um a quatro remadores.
Sendo uma embarcação tradicional de madeira, o Caiaque da Vila distingue-se, imediatamente, pelas suas formas e pela sua pintura, em relação aos caiaques modernos.
No evento realizou-se uma regata em contrarrelógio que contou com 9 caiaques e resultou em pleno, com animação e expectativa.
Para o presidente da ARCAzores, Fábio Meneses, a participação deste evento ficará guardada com carinho: “Pessoalmente, guardarei com especial carinho esta minha presença na regata. Pela primeira vez, remei com o meu filho nesta competição, com
o lindíssimo caiaque Estrela, construído pelo Sr. Paulo Martins, em que o resultado era o que menos importava”.
“Desde o primeiro momento que a Associação Regional de Canoagem dos Açores apoia e acompanha a par e passo o regresso do Caiaque da Vila nas suas tradicionais funções de recreio, competição e turismo e, nesse sentido, temos dados passos
concretos e bem definidos, uma vez que é de interesse mútuo classificar o Caiaque da Vila como classe regional, para que, na próxima época desportiva, possamos incluir este tipo de embarcação nos campeonatos regionais da modalidade”, afirmou o
dirigente associativo.“
O Sr. Pedro Bicudo tem sido o elemento crucial e agregador para o reativar do Caiaque da Vila”, destacou ainda o responsável máximo pela ARCAzores. A defesa do Património Marítimo dos Açores é uma causa identitária da maior relevância que, em Vila Franca, assume posição fulcral na identidade dos Povos Atlânticos, sendo a defesa do barco tradicional, em especial do ‘Caiaque da Vila’ o compromisso assumido pelos confrades.
Deste evento é possível concluir que, por um lado, é fundamental manter a identidade do barco tradicional em todo o trabalho de defesa, investigação e divulgação e, por outro, há que dar espaço para que o ‘Caiaque da Vila’ possa evoluir como embarcação
aberta à contemporaneidade.

fotografia: Clube Naval da Vila Franca do Campo

Três terceirenses em pódios nacionais

Três terceirenses em pódios nacionais

A atleta Tânia Mão de Ferro, do Clube Ar Livre da Terceira, sagrou-se, recentemente, campeã nacional em SS1 Master A feminino, na prova do Campeonato Nacional de Canoagem de Mar.
Rita Ferreira do Clube Ar Livre da Terceira alcançou o título de vice-campeã nacional em SS1 juniores femininos e Pedro Bartolomeu do Angra Iate Clube sagrou-se vice-campeão nacional em SS1 master A.
A competição realizou-se no passado dia 9 de setembro, em Vila do Conde e foi a quarta e última etapa do campeonato nacional de canoagem de mar, num percurso total de 22 quilómetros e contou com a participação de sete atletas açorianos, entre os 250 participantes de 31 clubes.
Na pontuação coletiva, destacou-se o Clube Náutico de Angra do Heroísmo que alcançou a terceira posição em Masters.
De referir, ainda, que o Campeonato Nacional de Canoagem contou com quatro etapas, sendo a primeira realizada na ilha Terceira, local que irá receber o Campeonato Europeu da modalidade, em abril de 2024.
De referir, que a canoagem de mar é praticada com embarcações especiais para esse meio, (kayak e mais recentemente surfski). O objetivo das provas é cumprir determinados percursos no mar.
É uma nova variante da canoagem que tem vindo a ganhar adeptos estando, também, em expansão nos Açores.
Trata-se modalidade é praticada no mar com embarcações mais seguras (surfski). As provas são de longa distância. Nas provas a largada, normalmente, é dada em terra e de seguida os atletas percorrem o seu percurso de forma a chegarem primeiro à meta.
Nessa categoria da canoagem é obrigatório o uso de embarcações específicas (surfski), que sejam estanques para não deixar entrar água.